quarta-feira, novembro 03, 2004

A noite jamaicana do TIM Festival

Dia 6 de novembro, no palco Motomix, STONE LOVE (Kingston)
e os brasileiros BUMBA BEAT e DIGITAL DUBS representam
a cultura dos sound systems jamaicanos

O interesse no Brasil pela música jamaicana é crescente. Além do reggae, o estilo mais conhecido por aqui (embora não em todas as suas variações), o ska, o rock steady, o dub e outras vertentes dos sons da Jamaica – inclusive os ecos na música eletrônica internacional – têm conquistado cada vez mais espaço. Prova disso é a escalação de dois expoentes nacionais do gênero para a noite de 6 de novembro no TIM Festival, ao lado de um artista consagrado da própria ilha. O rapper niteroiense De Leve faz a ponte entre o rap e o ragga.O Bumba Beat é herdeiro e continuador de vários outros projetos ligados à música e à cultura Brasil-Jamaica. Suas origens estão no final dos anos 70, quando Doc Reggae (Otávio Rodrigues) começou suas atividades como jornalista, radialista e DJ. No TIM Festival, ele toca suas próprias produções, que incluem versões de clássicos da música jamaicana, além de composições inéditas, que misturam reggae e derivados com bumba-meu-boi, tambor de crioula, samba e outros batuques brasileiros e afro-caribenhos. Doc Reggae (bases, voz, percussão) divide o palco com um timaço que inclui percussão, trombone e dub poetry - que é o som à moda dos mestres Linton Kwesi Johnson e Mutabaruka, que declamam sobre as bases.

Estão no combo do Bumba Beat Luiz Cláudio Farias, percussionista paraense radicado desde os anos 70 no Maranhão, presença nos trabalhos de Nelson Ayres, Zeca Baleiro, Ceumar, Naná Vasconcellos, Rita Ribeiro e longa lista; Bidu Cordeiro, carioca, trombonista dos Paralamas e Reggae B; Celso Borges, poeta maranhense, abrindo o verbo; Buguinha, dubmaster pernambucano, engenheiro dos Racionais, Nação Zumbi e Arto Lindsay, entr'outros, que cuidará do PA e live dub; e Zeca Baleiro, que gravou suas vozes em estúdio especialmente para esta apresentação.

O Digitaldubs Sound System é uma equipe de som especializada no dub e no reggae em todas as suas possibilidades. Seu estilo é uma mistura que vai dos tradicionais Lee Perry e King Tubby até os eletrônicos Zion Train e Bill Laswell. O crew, formado pelos selectors Nelson Meirelles (baixista, ex-O Rappa, ex-Cidade Negra), MPC, Cristiano Dubmaster e Kuke, lança mão de um arsenal cuidadosamente garimpado, com versões alternativas para clássicos do reggae, jóias desconhecidas do gênero, grooves tradicionais e temperos eletrônicos que incluem ragga, jungle, downtempo e afins. Na apresentação no TIM, o Digital vai tocar apenas criações próprias, com Nelson atacando no baixo em algumas delas, além das participações especiais dos MCs Lápide e Biguli, e do percussionista Junior Ramos, que também vai tocar escaleta em uma música.

Criado em 1972, o Stone Love Sound System é um dos mais respeitados sound systems jamaicanos. A idéia partiu de Winston “WeePow” Powell. Desde então, desenhou som e atitude que esquentam a chapa na Jamaica, criando e propagando tendências em bailes que ganharam até mesmo o patrocínio da cervejaria irlandesa Guinness. Além de WeePow , outros selectors integram o Stone Love, como Rory, G-Fuzz, Jet Lee, Bill Cosby, Billy Slaugther e Nico. São eles que mostrarão ao TIM Festival como rola o bailão com a pegada jamaicana: reggae, dancehall, ragga e, às vezes, popozões balançando.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Muto bonito seu blog rapaz.
sorte no tim festival.

4 de novembro de 2004 às 17:30  
Anonymous Anônimo said...

Maravilhoso seu bloog Otavio como sempre a frente na reggae music muito informativo otimo para quem gosta ou quer conhecer melhor o reggae.
johhny. b good

11 de abril de 2006 às 18:35  

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